![]() |
Imagem gerada por IA. |
A pressão turística tem levado governos locais a rever políticas de alojamento e ocupação urbana. Na Espanha, medidas recentes eliminaram dezenas de milhares de anúncios irregulares no Airbnb, enquanto Barcelona planeja proibir novos aluguéis de temporada em áreas turísticas até 2028. A plataforma defende que hotéis são responsáveis por 78% das estadias na União Europeia, enquanto os aluguéis de curta duração representam uma fatia menor. Ainda assim, o setor hoteleiro argumenta que é mais regulamentado e oferece infraestrutura comunitária, como restaurantes e espaços de coworking.
Enquanto a Europa debate soluções, uma nova aliança internacional busca enfrentar o problema sob outra perspectiva. Itália e Japão selaram uma cooperação inédita para trocar experiências e dados sobre modelos de turismo sustentável. A parceria, anunciada durante uma conferência na Expo Mundial de Osaka, pretende promover alternativas que distribuam melhor os fluxos turísticos, valorizando o interior e reduzindo a pressão sobre destinos superlotados.
Estudos apresentados durante o evento mostram que 60% dos italianos já tiveram experiências negativas com o turismo excessivo. Ao mesmo tempo, 74% apoiam políticas de interiorização e melhoria nas conexões regionais, enquanto 67% veem o turismo gastronômico e enológico como uma oportunidade de fortalecer economias locais. A proposta é que o turismo deixe de ser sinônimo de aglomeração e passe a ser associado à valorização da cultura, do patrimônio e do modo de vida local.
O desafio global do turismo contemporâneo é encontrar um equilíbrio entre a atração de visitantes, a preservação do patrimônio e a qualidade de vida dos moradores. Dados objetivos, planejamento urbano consciente e alternativas de turismo menos concentradas são essenciais para garantir que o turismo continue sendo fonte de renda e intercâmbio cultural sem comprometer comunidades e ecossistemas.
Redação