![]() |
Imagem gerada por IA |
James Gunn, ao que tudo indica, entendeu que o Superman não é apenas força, voo ou visão de calor. Ele é, antes de tudo, um ideal. Um farol que aponta para o melhor que podemos ser. E, nesse novo filme, tudo parece alinhado para que o herói retome esse papel — o de um símbolo universal de otimismo, de fé na humanidade, de escolha pelo bem mesmo diante do caos.
A escolha de David Corenswet como o novo Superman ajuda a reforçar essa impressão. O trailer mostra um herói dividido entre mundos, sim, mas sem perder a ternura. É um Kal-El que se emociona, que observa, que ouve. Um Superman mais humano do que muitos humanos. E isso faz toda a diferença.
Para muitos de nós, Superman foi o primeiro herói. E não apenas pelo uniforme ou pelos poderes. Mas porque ele ensinava algo essencial: que é possível ser gentil mesmo sendo forte. Que é possível lutar sem perder a ética. E que, mesmo sendo “de outro planeta”, o que realmente define alguém é como ele escolhe viver entre os outros.
É curioso — e inspirador — que Clark Kent tenha escolhido o jornalismo como forma de se conectar com o mundo. Muitos fãs, eu incluso, aprenderam com ele que informar também é uma forma de heroísmo. Não são poucos os jornalistas que, em algum momento da infância, sonharam vestir a gravata de Clark, escondendo sob a camisa o famoso “S” no peito.
Com o novo filme, uma nova geração terá a chance de se inspirar nesse mesmo caminho. Em tempos de desinformação e cinismo, lembrar que o maior herói da cultura pop se dedicava a contar a verdade — e a proteger os mais frágeis — é um lembrete necessário. E poderoso.
Se tudo correr como o trailer indica, Superman (2025) não será apenas mais uma superprodução. Será a reconstrução de um símbolo. Um convite à esperança, ao idealismo, à coragem de continuar acreditando no bem. E, quem sabe, também um chamado silencioso para que mais crianças sonhem em mudar o mundo... mesmo que seja com caneta e papel, como Clark Kent.