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Os cenários cinematográficos da Paraíba Imagem gerada por IA. |
Gravado em João Pessoa, o documentário Como Se Ninguém Estivesse Olhando retrata a relação entre dança, espaço urbano e protagonismos marginalizados. A obra acompanha quatro personagens — uma idosa, um carregador de malas, uma MC e uma dançarina — que encontram na dança um gesto de liberdade e conexão com a cidade. Com exibições previstas para todas as quartas-feiras de julho no Cine Banguê, o filme integra o projeto Curta Banguê II e terá sessão especial no dia 30 com a presença da diretora e de outros realizadores.
O documentário tem conquistado reconhecimento em festivais. Recebeu menção honrosa no Chicano Hollywood Film Festival, em Los Angeles, e foi selecionado para o Urban Film Festival, em Miami. Também integra a Mostra Competitiva Facheiro Luzente do Muído Festival, em Campina Grande. A sensibilidade estética da produção, aliada ao olhar social, transforma a dança em linguagem de resistência e pertencimento.
Já o longa Comadrio, em pré-produção, será filmado integralmente na Paraíba em 2026. A direção é da cineasta Susanna Lira, com produção executiva da paraibana Gretha Viana e protagonismo da atriz Mayana Neiva. A narrativa se passa nos anos 1990 e aborda a descoberta da solidariedade e da tolerância por uma criança de seis anos que presencia a acolhida de uma adolescente trans pela própria mãe.
O roteiro é assinado pela paraibana Rayssa Medeiros e surgiu durante uma oficina no Fest Aruanda. A obra será produzida pela Elo Studios (SP), Modo Operante Produções (RJ) e Bolandeira (PB), com elenco e equipe técnica locais. Segundo Susanna Lira, o projeto valoriza olhares regionais e reafirma a força da Paraíba no setor audiovisual.
Ambas as produções evidenciam o talento e a diversidade da cena cultural paraibana, com narrativas que cruzam arte, identidade e inclusão.
Redação