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Foto: Pixabay |
As temperaturas elevadas também atingem o Mar Mediterrâneo, onde as águas registram até 30°C, afetando a experiência nas regiões costeiras. Praias lotadas, fechamento por questões de segurança e protestos contra o turismo de massa — como os ocorridos em Barcelona — refletem o esgotamento da capacidade das cidades em lidar com o fluxo turístico sob condições climáticas extremas.
Do ponto de vista econômico, os prejuízos preocupam. O turismo representa cerca de 10% do PIB da União Europeia, e a redução na satisfação dos visitantes pode ter consequências duradouras. Além disso, o aumento do consumo energético, a escassez de água em zonas rurais e o estresse sobre os ecossistemas agravados pela presença turística ampliam os desafios ambientais.
As tensões também se voltam à política climática da União Europeia. A proposta da Comissão Europeia para reduzir 90% das emissões líquidas até 2040 tem sido criticada por entidades como o Greenpeace, que apontam brechas relacionadas à compra de créditos internacionais e métodos de remoção de carbono que ameaçam a biodiversidade. Apesar de conter elementos positivos, como a valorização da ciência e da justiça social, a proposta é considerada insuficiente diante da urgência climática.
Em resposta aos efeitos da atual crise, diversas cidades europeias estão discutindo medidas como controle de cruzeiros, limites à hospedagem e investimentos em infraestrutura resiliente ao clima. A atual onda de calor serve como alerta para a necessidade de um modelo turístico mais sustentável e de políticas ambientais mais rigorosas.
Redação