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O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), tem adotado estratégias de promoção que integram tradição e modernidade. Exemplos disso são o Vila Galé Collection Ouro Preto, instalado em um antigo colégio, e o futuro DoubleTree by Hilton Serra da Canastra, previsto para 2028. Em Belo Horizonte, o Hotel Trinta e Um reforça a aposta na alta gastronomia mineira como atrativo turístico.
A política de descentralização também tem papel fundamental. Programas como o ICMS Turismo distribuem recursos entre municípios do interior, promovendo desenvolvimento regional. A Accor Hotels, uma das maiores redes hoteleiras do país, já opera 30 unidades em Minas e planeja dez novas até 2028, evidenciando o fortalecimento do estado como polo turístico.
Enquanto isso, Mato Grosso busca posicionar-se como rota internacional de turismo de observação de aves. Durante a feira Avistar Brasil, realizada em São Paulo, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) apresentou o potencial do estado, que abriga 908 das 1.818 espécies de aves existentes no Brasil, mais de 50% do total nacional.
Com participação de operadores de turismo da Argentina, Taiwan, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Colômbia, o evento contou com a presença de nove empresários mato-grossenses, que mostraram suas estruturas em busca de parcerias internacionais. Mato Grosso ocupa o segundo lugar no ranking nacional de registros de aves, com 760 espécies identificadas.
Além do turismo ornitológico, o estado destaca outras atrações naturais, como a pesca esportiva, o etnoturismo e a observação de primatas e onças-pintadas. Um exemplo é o Cristalino Lodge, em Alta Floresta, referência mundial no birdwatching e lar de cerca de 600 espécies de aves. Foi nessa região que foi descoberta a nova espécie Tororim-de-Alta-Floresta.
A secretária adjunta de Turismo de Mato Grosso, Maria Letícia Costa, destacou os investimentos em infraestrutura e capacitação de guias locais, além da construção de torres de observação em municípios como Sinop. “Capacitar esses profissionais é essencial para oferecer uma experiência de qualidade aos turistas”, afirmou.
Ambos os estados demonstram modelos distintos de crescimento turístico: Minas Gerais alia tecnologia, dados e hotelaria de renome para ampliar sua competitividade; Mato Grosso explora seu potencial natural, apostando no ecoturismo e na observação de aves como vetores de desenvolvimento sustentável.
Redação