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Papa Francisco / Foto: Vatican Media |
No texto, intitulado “Papa Francisco e o Turismo”, Moura recupera trechos de mensagens papais para o Dia Mundial do Turismo e destaca o convite de Francisco para que o tempo livre não seja reduzido ao vazio ou ao consumismo. “Não é a quantidade de tempo, mas a qualidade com que se vive que importa”, diz o Papa, em frase destacada pelo autor. A proposta é que o turismo seja vivido com consciência, como oportunidade de crescimento interior, contemplação e encontro com o outro.
Moura também chama atenção para o que Francisco define como “turismo lento” — uma abordagem que valoriza o ritmo desacelerado, o contato com as comunidades locais e a redescoberta da simplicidade. Essa forma de viajar, segundo o Papa, favorece não só o descanso verdadeiro, mas também a construção de vínculos, o respeito à diversidade e o cuidado com o meio ambiente.
Outro ponto forte do artigo é a crítica ao turismo predatório. Com base na encíclica Laudato Si, o autor reforça a visão do Papa sobre a necessidade de um modelo turístico que respeite os ecossistemas, os trabalhadores do setor e as culturas locais. “Francisco denuncia práticas que exploram a criação e marginalizam populações em nome do lucro”, escreve Moura. Ele destaca que o turismo sustentável, na ótica do pontífice, é uma expressão da chamada “ecologia integral” — conceito que une o cuidado ambiental à justiça social e à espiritualidade.
Para além da crítica, o artigo apresenta propostas concretas: valorizar pequenos empreendimentos, promover a dignidade humana e enxergar o turista não como um simples consumidor, mas como um peregrino consciente. A mensagem é clara: viajar também é um ato ético e espiritual.
Ao final do texto, Moura faz um apelo para que profissionais do setor e viajantes estejam atentos a esse chamado. “Que possamos fazer um turismo responsável e que crie laços entre as diversas culturas e realidades”, conclui.
O artigo de Sidnésio Moura reforça a importância de um novo olhar sobre o turismo, inspirado nas reflexões do Papa Francisco, ao integrar valores como fraternidade, espiritualidade e responsabilidade socioambiental. Desse modo, o texto contribui para o debate sobre práticas turísticas mais conscientes e alinhadas com os desafios do mundo contemporâneo.