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Imagem gerada por IA. |
Em Barcelona, moradores destacam o aumento dos aluguéis e a transformação do tecido cultural, com cafés e estabelecimentos locais dando lugar a lojas de souvenirs e redes de fast food. O crescimento dos aluguéis de curta duração, em especial via plataformas como Airbnb, é um fator central para a crise habitacional, embora o próprio Airbnb afirme que os hotéis respondem por maior parte das estadias. Cidades como Madrid e Barcelona já adotaram medidas rigorosas para restringir o aluguel por temporada, cancelando milhares de licenças para tentar conter o problema.
Além das questões regulatórias, o fenômeno do turismo de massa está relacionado à demanda global crescente, impulsionada por companhias aéreas de baixo custo e o aumento do turismo de cruzeiros. Com a Espanha sendo um dos países mais visitados do mundo, o turismo representa mais de 12% do PIB, o que torna o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade um desafio para governos locais.
Especialistas também apontam a necessidade de responsabilidade dos próprios turistas, que devem refletir sobre o impacto de suas visitas e considerar destinos alternativos para evitar a sobrecarga dos centros tradicionais. Estratégias como a promoção do turismo sustentável, o incentivo a viagens fora da alta temporada e o desenvolvimento de áreas menos exploradas são algumas das soluções apontadas para mitigar os efeitos do turismo de massa.
O debate continua aberto, mas é consenso que o enfrentamento dessa questão depende de esforços conjuntos entre governos, população local e visitantes, para garantir a preservação cultural e ambiental dessas cidades mediterrâneas.
Redação