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Foto: Secom-PB |
A equipe de oito pesquisadores faz parte do Projeto Ecológico de Longa Duração - Rio (PELD-Rio), que monitora ecossistemas como o Rio Paraíba, da nascente à foz. Outro projeto envolvido na pesquisa é o PPBio, focado no acompanhamento da biodiversidade em áreas de mangue e restinga. Entre os materiais coletados estão peixes, plantas aquáticas, algas e microcrustáceos, fundamentais para a análise da qualidade ecológica da região.
De acordo com o professor Etham Barbosa, coordenador do grupo de pesquisa, a inclusão da biodiversidade como variável de estudo permite um diagnóstico mais preciso das condições ambientais. Segundo ele, a análise biológica ajuda a compreender as mudanças no ecossistema e complementa os estudos físicos e químicos da água. Barbosa também ressaltou que a coloração escura da água na foz é uma característica comum em ambientes próximos a áreas de mangue, mas que a interferência humana, incluindo o lançamento de águas residuárias, pode estar agravando a situação.
O coordenador do Laboratório de Ecologia de Peixes da UEPB, André Pessanha, destacou outro impacto da ação humana: a presença de peixes exóticos, possivelmente provenientes de aquários domésticos, que podem comprometer o equilíbrio ecológico ao competir com espécies nativas.
Paralelamente, a Sudema já identificou que a mancha escura observada no mar de João Pessoa no último dia 17 tem características de mangue e contém coliformes fecais, possivelmente devido ao despejo irregular de esgoto. A entidade anunciou que investigará a existência de ligações clandestinas ao longo do Rio Jaguaribe e seus afluentes, visando a adoção de medidas para a melhoria da qualidade ambiental da região.
Redação