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| Imagem gerada por IA. |
Empresas de médio porte estão reformulando a maneira como encaram as viagens corporativas. O que antes era tratado como despesa operacional passa a ser visto como investimento estratégico, semelhante a áreas como marketing ou pesquisa e desenvolvimento. Até 2026, a tendência é que os deslocamentos profissionais sejam planejados com foco no retorno financeiro mensurável. Organizações líderes substituem viagens isoladas por roteiros otimizados que agrupam reuniões em uma mesma região, sincronizam visitas comerciais com eventos setoriais e utilizam sistemas de gestão integrados para demonstrar que cada euro investido em viagem gera retorno em vendas ou retenção de clientes.
O formato híbrido consolida-se como modelo padrão nas corporações. A estratégia combina reuniões virtuais para alinhamentos operacionais com encontros presenciais reservados para negociações estratégicas e construção de confiança. Esse equilíbrio pode reduzir o volume de viagens corporativas entre 30 e 50 por cento, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade das relações profissionais. Empresas especializadas em gestão de viagens e equipes de mobilidade interna começam a disponibilizar ferramentas que sugerem automaticamente o melhor formato para cada situação, organizam compromissos por proximidade geográfica e apresentam comparativos de custos e emissões de carbono entre roteiros híbridos e tradicionais.
A flexibilidade tornou-se exigência básica em um cenário de mudanças constantes em projetos e orçamentos. Plataformas de reserva agora combinam tarifas corporativas negociadas com preços de mercado atualizados em tempo real, oferecem remarcação gratuita ou de baixo custo até 24 horas antes do embarque e substituem políticas rígidas de cancelamento por sistemas de crédito. Empresas de médio porte adotam orçamentos de viagem dinâmicos, que podem ser realocados rapidamente com aprovações simplificadas. O modelo beneficia funcionários com menos burocracia, oferece previsibilidade financeira aos departamentos contábeis e mantém a organização ágil em mercados voláteis.
A inteligência artificial assume cerca de 80 por cento das tarefas rotineiras até 2026, como verificação de políticas corporativas, recomendações personalizadas de hospedagem baseadas em histórico do viajante, alertas de documentação e envio automático de relatórios de despesas. Situações complexas permanecem sob responsabilidade de consultores humanos especializados. A sustentabilidade deixou de ser diferencial para tornar-se obrigação regulatória, especialmente com a implementação da diretiva CSRD na União Europeia, que fiscaliza emissões de Escopo 3 geradas por viagens corporativas. Empresas estabelecem metas baseadas em ciência, priorizam trens para trajetos curtos, selecionam hotéis certificados em sustentabilidade e recorrem a compensações de carbono apenas quando necessário. Plataformas de viagem exibem indicadores ambientais ao lado dos preços, enquanto profissionais avaliam empregadores também por seus compromissos com deslocamentos sustentáveis.
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