![]() |
| Tsunami / Foto de Dane Amaecher / Pexels |
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou em sua mensagem que, embora os tsunamis sejam eventos raros, suas consequências podem ser catastróficas. Ele recordou que, após o tsunami do Oceano Índico em 2004, que matou mais de 230 mil pessoas, o mundo optou por investir em sistemas de alerta precoce, decisão que tem salvado milhares de vidas desde então. O recente terremoto na costa da Rússia, em julho, exemplificou esse progresso: alertas foram emitidos em questão de minutos, alcançando milhões de pessoas desde o Japão até a Califórnia.
Guterres enfatizou que o risco continua a aumentar devido ao crescimento populacional em áreas costeiras e à elevação do nível do mar, exigindo sistemas mais modernos, inclusivos e universais. Ele destacou a iniciativa "Alertas Precoces para Todos" ("Early Warnings for All"), lançada pelas Nações Unidas, que busca garantir que, até 2027, cada pessoa no planeta esteja protegida por sistemas de alerta multirriscos. Estudos mostram que o acesso universal a alertas precoces pode reduzir perdas materiais em até 20%, evitando cerca de US$ 13 bilhões em danos anuais.
A campanha deste ano está alinhada com o tema "Financiar o Nosso Futuro" da Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, sublinhando a necessidade de investimentos inteligentes em resiliência costeira. O programa #GetToHighGround, promovido pelo UNDRR, incentiva comunidades a participar de exercícios de evacuação e simulações que reforçam a preparação e a confiança da população. Criado pela Assembleia Geral da ONU em 2015, o Dia Mundial de Conscientização sobre Tsunamis foi proposto pelo Japão, país com vasta experiência em gestão de desastres naturais e recuperação pós-tsunami.
