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Pessoas apostando em um Cassino / Foto de Anna Shvets / Pexels |
Especialistas do setor veem na legalização uma alavanca para o desenvolvimento regional. Resorts integrados, unindo hospedagem, centros de convenções e casas de jogos, poderiam dinamizar setores como hotelaria, gastronomia, aviação e comércio. Cidades como Salvador, Fortaleza, Recife, Natal e Maceió já estariam prontas para receber um novo perfil de turista de alto padrão, que busca experiências completas, movimenta mais a economia e demanda serviços qualificados.
O impacto fiscal também é citado como positivo, com geração de receita para estados e municípios, sem aumento de impostos para a população. A expectativa é de que os recursos arrecadados reforcem investimentos em infraestrutura, segurança, transporte e saúde pública.
Por outro lado, críticas à proposta ganharam força no Senado. Em pronunciamento recente, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) se posicionou contra a legalização dos jogos de azar, comparando os possíveis efeitos negativos dos cassinos aos já observados com as apostas esportivas online, legalizadas em 2023.
Segundo o parlamentar, as apostas têm gerado endividamento, desemprego e até aumento de suicídios, afetando especialmente jovens e idosos. Ele questiona a eficácia do modelo como gerador de empregos e impulsionador do turismo, apontando também riscos como lavagem de dinheiro, tráfico e exploração sexual.
O senador apelou aos colegas para que rejeitem o projeto, reforçando que legalizar os jogos seria “aceitar como legal um dinheiro manchado pelo sofrimento de famílias desestruturadas”.
O debate segue aberto no Congresso, dividindo opiniões entre os que veem na proposta uma via de desenvolvimento econômico e os que alertam para as consequências sociais da expansão dos jogos de azar.
Redação