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Israel / Foto de Haley Black / Pexels |
O impacto é visível em diversos segmentos. Empresas como a Bein Harim, que antes operavam com até 20 ônibus turísticos por dia, reduziram suas atividades a uma ou duas vans, mesmo durante o mês de junho, quando eventos como o Orgulho LGBT impulsionam a demanda. Atualmente, o número de funcionários caiu de 150 para apenas seis. Apesar da liberação das restrições, os passeios turísticos ainda não foram retomados.
O setor hoteleiro também sofre com baixa ocupação. O hotel Citadel, em Jerusalém, tem apenas 100 dos seus quartos ocupados — pouco mais de 25% da capacidade. A locadora de veículos Avis, por sua vez, relata uma média de apenas cinco reservas diárias, em contraste com as 50 habituais para o período.
Mesmo com o funcionamento do Aeroporto Ben Gurion, muitos turistas continuam deixando o país por fronteiras com o Egito e Jordânia. O número de visitantes em Israel caiu cerca de 80% desde os ataques de 7 de outubro de 2023. Entre 2019 e 2024, o fluxo anual de turistas passou de 4,6 milhões para aproximadamente 1 milhão.
Empresários como Amit Magal, dono do centro cultural Nocturno, e representantes do setor reclamam da falta de incentivo governamental para recuperação do turismo receptivo. O Ministério do Turismo afirma ter investido cerca de US$ 20 milhões para manter profissionais no setor e diz atuar para reduzir alertas de viagem emitidos por governos estrangeiros.
A dificuldade de contratar seguros para viagens a Israel é outro entrave à recuperação. Além disso, a instabilidade recorrente torna a indústria menos atraente para os jovens profissionais.
Com cerca de 250 mil pessoas empregadas e participação de 2,8% no PIB, o turismo em Israel tenta se reerguer, ainda sob incertezas e com perspectivas de recuperação apenas no longo prazo.
Redação