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Foto de nappy (Pexels) |
A retomada da exigência foi oficializada por um decreto presidencial de 2023, cujo início da vigência foi adiado três vezes. Apesar da aprovação no Senado de um projeto que propõe a suspensão da medida, a proposta ainda não foi analisada pela Câmara dos Deputados, sem previsão de avanço no curto prazo.
Com a nova regra, os visitantes desses países deverão solicitar um visto eletrônico, com validade de até 90 dias, ao custo de US$ 80,90. O processo visa igualar as condições exigidas aos brasileiros que desejam visitar esses mesmos países, os quais mantêm políticas de entrada que incluem vistos e taxas para os cidadãos do Brasil.
O setor de turismo brasileiro manifesta preocupação com a decisão. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) avalia que a exigência pode impactar negativamente o fluxo de turistas internacionais e comprometer a recuperação do setor, ainda afetado pelos efeitos da pandemia. Para representantes da entidade, a nova exigência pode tornar o Brasil menos competitivo frente a outros destinos latino-americanos que mantêm políticas de entrada mais flexíveis, como Argentina, Colômbia, Chile, México, Peru e Costa Rica.
Especialistas do setor apontam que a imposição do visto pode desestimular o turismo de lazer e negócios e repercutir no desempenho de segmentos ligados à hotelaria, alimentação e entretenimento. A Embratur, responsável pela promoção internacional do Brasil como destino turístico, também pode enfrentar desafios adicionais para alcançar suas metas de atração de visitantes.
O Brasil recebeu cerca de 6 milhões de turistas internacionais em 2023, número considerado baixo em comparação com países que adotam estratégias mais abertas para o turismo. A expectativa do setor era que a manutenção da isenção de vistos contribuísse para elevar esse indicador.
Redação