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Barcelona / Foto de Aleksandar Pasaric / Pexels |
Apesar disso, a previsão é de novo recorde no número de visitantes, com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) projetando a entrada de 100 milhões de turistas no país até o fim do ano. A participação do turismo no PIB espanhol deve alcançar 13,2% em 2025. O fluxo de viajantes britânicos, japoneses e chineses ainda deve crescer, embora de forma menos intensa.
Enquanto as previsões econômicas são revisadas, cresce a pressão nas cidades mais visitadas do país. Em Santiago de Compostela, autoridades locais implementaram uma série de restrições para conter os efeitos do turismo de massa. O número de turistas quase dobrou em duas décadas, passando de 488 mil em 1999 para cerca de 926 mil em 2023. Esse crescimento provocou desequilíbrios no comércio local: hoje, negócios voltados a visitantes, como lojas de souvenirs e casas de apostas, já superam os voltados a moradores, como padarias e farmácias.
Como resposta, a prefeitura passou a limitar a abertura de novas lojas turísticas e reforçou medidas anteriores, como a proibição de aluguéis de temporada no centro histórico. O objetivo é preservar a vida cotidiana dos residentes e a diversidade econômica do centro urbano, afetado pelo aumento dos custos de moradia e pela substituição do comércio tradicional.
A insatisfação da população não se restringe a Santiago. Outras cidades espanholas enfrentam desafios semelhantes, e o tema ganhou espaço nos debates sobre políticas públicas voltadas a um modelo de turismo mais equilibrado. A gravidade da situação levou o governo britânico a emitir um alerta para viajantes que pretendem visitar a Espanha durante o verão, citando o risco de manifestações em áreas afetadas.
Redação