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| Foto de Greg Montani por Pixabay |
A redução não se limita geograficamente, atingindo os principais mercados emissores de turistas para Cuba. O Canadá, tradicionalmente a maior fonte de visitantes, registrou diminuição de 695.557 chegadas em 2024 para 559.715 neste ano, representando queda de 19,5%. Os Estados Unidos, com visitas complicadas por sanções e restrições, apresentaram declínio de 19,6%, passando de 110.538 para 88.849 visitantes. Mercados europeus sofreram reduções ainda mais acentuadas: turistas russos caíram 37%, alemães 43% e espanhóis 27%.
O economista cubano Pedro Monreal observou que "isso infelizmente confirma o quão severa a crise do turismo se tornou", destacando as consequências econômicas mais amplas sentidas por negócios que dependem de turistas, desde serviços de táxi até lojas de souvenirs. Alguns mercados latino-americanos apresentaram crescimento: Argentina teve aumento modesto de 7%, Colômbia mostrou crescimento de 11% e Peru experimentou impressionante crescimento de 27% no número de visitantes. No entanto, esses aumentos são pequenos comparados às perdas dos mercados do norte e não conseguem compensar o declínio geral.
A crise energética de Cuba, com apagões regulares e prolongados além de escassez de combustível, impacta significativamente o setor turístico. Hotéis dependentes de geradores para ar condicionado e iluminação enfrentam custos operacionais crescentes. A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL) projetou que o PIB cubano cairá 1,5% em 2025, com recuperação leve de apenas 0,1% prevista para 2026, dependendo da estabilização do fornecimento de energia e redução das pressões internacionais.
