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| Terremoto / Imagem gerada por IA |
O terremoto de magnitude 7.4 que atingiu Antofagasta, no Chile, em julho de 2024 tornou-se um estudo de caso sobre gestão eficiente de crises turísticas. Dados do Serviço Nacional de Turismo chileno indicam que 98% dos estabelecimentos hoteleiros da região mantiveram operações normais, resultado direto da implementação de códigos de construção antisísmicos rigorosos. "A preparação prévia foi fundamental para evitar pânico entre os turistas", declarou María González, diretora regional de turismo de Antofagasta. Operadoras internacionais registraram apenas 3% de cancelamentos nas 48 horas seguintes ao evento, contrastando com cancelamentos de 15-20% observados em destinos menos preparados durante eventos sísmicos similares.
A situação no Peru durante o terremoto de magnitude 7.2 próximo a Atiquipa em junho de 2024 revelou desafios estruturais no corredor turístico sul do país. O bloqueio da rodovia Panamericana Sul por deslizamentos afetou diretamente o acesso a Nazca e Paracas, forçando 847 turistas a reprogramar itinerários. Carlos Mendoza, presidente da Associação de Agências de Viagem do Peru, destacou que "a dependência de uma única via de acesso expôs nossa vulnerabilidade logística". O Ministério de Comércio Exterior e Turismo implementou transferências aéreas emergenciais, mas o custo adicional de US$ 200 por passageiro gerou tensões com operadoras internacionais sobre responsabilidades financeiras.
A resposta coordenada da região caribenha ao terremoto de magnitude 7.6 em fevereiro de 2025 demonstrou a eficácia de protocolos regionais padronizados. James Mitchell, diretor-executivo da Organização de Turismo do Caribe, informou que "a implementação de alertas coordenados entre Cuba e Ilhas Cayman evitou confusão entre turistas e operadores". Hotéis das Ilhas Cayman executaram evacuações preventivas de 2.847 hóspedes em 23 minutos, seguindo protocolos estabelecidos após furacões anteriores. A ocupação hoteleira regional retornou a 94% da capacidade normal em 48 horas, superando projeções iniciais de recuperação de cinco dias. Especialistas em turismo de desastres apontam que a experiência caribenha com furacões facilitou a adaptação a protocolos sísmicos, criando um modelo replicável para outras regiões vulneráveis.
