![]() |
| Imagem gerada por IA. |
O desempenho do transporte de cargas é um dos motores dessa expansão. A IATA projeta que as receitas totais das companhias aéreas atinjam US$ 1,008 trilhão em 2025, superando pela primeira vez o patamar de um trilhão de dólares, com avanço projetado para US$ 1,053 trilhão em 2026. As cargas devem alcançar 71,6 milhões de toneladas no próximo ano, um crescimento de 2,4%. Willie Walsh, diretor-geral da IATA, afirmou que “o setor demonstrou resiliência extraordinária”, destacando o desempenho do frete em um contexto de tensões comerciais crescentes.
No transporte de passageiros, a tendência também é de expansão. A estimativa atual aponta para 5,2 bilhões de viajantes em 2025, superando o marco de 5 bilhões que havia sido adiado pela pandemia. O recorde anterior de 4,54 bilhões, registrado em 2019, já foi ultrapassado em 2024 e deve ficar ainda mais distante à medida que a demanda se recupera. O cenário é favorecido por custos de combustível em queda, com o gasto em querosene devendo recuar de 31,8% das despesas operacionais em 2023 para 25,7% em 2026, além de um dólar enfraquecido que beneficia companhias fora dos Estados Unidos.
Apesar das projeções positivas, as assimetrias regionais permanecem. A IATA calcula que companhias do Oriente Médio devem atingir lucro de US$ 28,60 por passageiro em 2026, enquanto a Europa aparece com US$ 10,90 e a América do Norte com US$ 9,80. Já Ásia-Pacífico e África ficam em posições mais modestas, com US$ 3,20 e US$ 1,30, respectivamente. As taxas de crescimento também variam, com a Ásia-Pacífico liderando com expansão de 7,3%. Para Walsh, a recuperação será sólida, “desde que gargalos na cadeia de suprimentos e riscos geopolíticos não comprometam o avanço”.
