![]() |
| Foto gerada por IA. |
Atualmente, o déficit de entregas totaliza pelo menos 5.300 aeronaves, e a carteira de pedidos ultrapassou 17.000 unidades, o que equivale a quase 60% da frota ativa. Esse volume representa cerca de 12 anos da capacidade de produção atual. Como consequência, a idade média da frota subiu para 15,1 anos, e o número de aeronaves armazenadas excede 5.000, um dos níveis mais altos da história, apesar da escassez de novos aviões. Willie Walsh, diretor-geral da IATA, afirmou que as companhias aéreas sentem o impacto em seus negócios, enfrentando custos de leasing mais altos, menor flexibilidade de programação e atrasos nos ganhos de sustentabilidade.
Os desafios incluem a produção de fuselagens superando a de motores, prazos mais longos para certificação de novas aeronaves e tarifas sobre metais e eletrônicos decorrentes de tensões comerciais entre EUA e China. Além disso, a escassez de mão de obra qualificada e a fragilidade da rede de fornecedores agravam a situação. A eficiência de combustível, que historicamente melhorava 2,0% ao ano, desacelerou para 0,3% em 2025. O setor de carga aérea também enfrenta riscos, com escassez de aeronaves convertidas e atrasos na produção de novos modelos de fuselagem larga.
Um estudo recente da IATA e da Oliver Wyman estimou que o custo dos gargalos na cadeia de suprimentos para a indústria aérea será superior a 11 bilhões de dólares em 2025. Os principais fatores incluem custos excessivos de combustível, manutenção adicional, aumento nos custos de leasing de motores e despesas com estoque excedente. Para mitigar esses problemas, o estudo sugere práticas como apoiar operações de manutenção menos dependentes de modelos de licenciamento comercial, aumentar a visibilidade da cadeia de suprimentos e expandir a capacidade de reparo e peças.
