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| Tartaruga resgatada recebe tratamento no cento de reabilitação do Aquário Paraíba. Foto: Leonardo Lamas / Pexels |
O diretor do Aquário Paraíba, Emmanuel Lopes, informou que o animal foi encaminhado ao centro de reabilitação da instituição, onde passa por avaliações clínicas e exames de imagem, incluindo ultrassonografia e raio-X para identificar possíveis obstruções causadas por plástico. "Esta é a terceira tartaruga que chega ao Aquário Paraíba só neste mês, o que mostra o quanto nossas praias estão sofrendo com o descarte incorreto de lixo", declarou Emmanuel. Segundo ele, o plástico é um inimigo silencioso, pois as tartarugas confundem sacolas e embalagens com águas-vivas, provocando bloqueios intestinais, dificuldade de flutuação e, em muitos casos, a morte.
O Aquário Paraíba mantém um programa permanente de resgate, reabilitação e soltura de animais marinhos, em parceria com órgãos ambientais e projetos de conservação. Atualmente, quatro tartarugas estão em tratamento na instituição. Após os procedimentos médicos e o período de reabilitação, os animais que se recuperam completamente são devolvidos ao mar. Recentemente, a instituição celebrou a soltura da tartaruga Vitória, que retornou ao seu habitat após meses de cuidados.
Dados do Instituto Oceanográfico da USP revelam que cerca de 90% das tartarugas encontradas mortas no litoral brasileiro têm algum tipo de resíduo plástico no trato digestivo. A ONU Meio Ambiente estima que mais de 100 mil animais marinhos morram por ano no mundo devido à poluição por plásticos. "O mar não é lixeira. Cada garrafa, copo ou saco plástico jogado de forma irresponsável pode significar a morte de um animal marinho. Cuidar do nosso lixo é cuidar da vida que existe no oceano", alertou o diretor do Aquário Paraíba.
