Ministério do Turismo apresenta diretrizes estratégicas para desenvolvimento do aviturismo nacional

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O turismo de observação de aves no Brasil ganhou novos instrumentos de planejamento com a apresentação de dois estudos técnicos durante a COP30, em Belém. O Diagnóstico de Políticas Públicas e o Guia de Boas Práticas foram desenvolvidos para orientar o crescimento ordenado desta modalidade turística, que aproveita a diversidade biológica brasileira como principal atrativo para visitantes especializados.

A elaboração dos documentos envolveu extensa pesquisa de campo coordenada pela bióloga Cecília Licarião, selecionada pelo Ministério do Turismo através de parceria com a UNESCO. O estudo coletou dados de 2.600 profissionais atuantes no setor, incluindo observadores, condutores, empreendedores e representantes governamentais. Esta metodologia participativa permitiu identificar gargalos operacionais e oportunidades de desenvolvimento regional através do aviturismo.

O Brasil registra 1.979 espécies de aves, das quais 293 são endêmicas, posicionando o país entre os três territórios com maior diversidade ornitológica mundial. Esta característica natural favorece o desenvolvimento de roteiros especializados em diferentes biomas nacionais. "Esses produtos representam uma oportunidade de apresentar ao mundo todo o potencial do Brasil no turismo de observação de aves", explicou Fabiana Oliveira, coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo.

Os materiais técnicos oferecem diretrizes práticas para gestores interessados em estruturar produtos de aviturismo responsável. O conteúdo aborda desde aspectos regulatórios até metodologias de capacitação para condutores locais, visando criar experiências turísticas que conciliem visitação, conservação ambiental e geração de renda para comunidades. Esta abordagem integrada alinha-se aos objetivos do Plano Nacional de Turismo 2024-2027, especialmente nas diretrizes de turismo regenerativo e sustentável.