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Foto: Secom |
O museu representa o maior investimento já realizado no Palácio da Redenção desde sua construção, com recursos superiores a R$ 11,5 milhões aplicados em área total de 3.074,80 m². A visitação é gratuita e ocorre de terça-feira a domingo, nos horários de 9h, 11h, 13h e 15h, enquanto a cerimônia da Troca de Guarda segue tradição de instituições como o Palácio de Buckingham, em Londres, e o Palácio de La Moneda, em Santiago.
Enquanto o Museu de História da Paraíba celebra tradições militares e cívicas, outro projeto museológico do estado se dedica à preservação de tradições culturais em risco. O futuro Museu da Diáspora Africana, dos Povos Originários e das Comunidades Tradicionais da Paraíba documenta práticas ancestrais que podem desaparecer. Durante pesquisa de campo em Pombal, no Sertão paraibano, a equipe identificou Francisco Daniel, de 78 anos, como o último sanfoneiro dos Pontões, grupo cultural da Irmandade Negra do Rosário, prática reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Paraíba em 2021.
Francisco Daniel aprendeu a tocar o fole de oito baixos na década de 1950 com o tio Elias e assumiu sozinho a responsabilidade desde 2011. "Comecei a tocar em 1956. A sanfona é um instrumento difícil, não se aprende em dois ou três dias. É preciso dedicação, vocação e convivência com o grupo", relatou o mestre. O professor Stênio Soares alertou que "essa herança está restrita às mãos de Seu Francisco, e isso coloca em risco um elo importante da cultura popular quilombola". Os dois projetos museológicos integram as políticas culturais do estado da Paraíba. O governador João Azevêdo já autorizou a licitação das obras de restauração do prédio histórico no Centro de João Pessoa que abrigará o Museu da Diáspora Africana.