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Imagem gerada por IA |
As novas diretrizes da Emirates são diretas. Power banks com capacidade inferior a 100 watt-hours (Wh) são permitidos, limitados a um por passageiro e apenas na bagagem de mão, devendo ser mantidos nos bolsos dos assentos ou embaixo deles para fácil acesso. O despacho desses dispositivos na bagagem de porão é proibido, pois baterias de lítio soltas podem explodir no compartimento de carga. Durante o voo, é proibido conectá-los às tomadas da aeronave para carregar dispositivos ou recarregar o próprio power bank. "A segurança continua sendo nossa principal prioridade", afirmou a Emirates. A companhia destaca que manter as baterias visíveis na cabine permite que a tripulação responda imediatamente em caso de problemas.
A restrição resulta de uma "extensa revisão de segurança" motivada tanto pela popularização dos power banks quanto pelo aumento de incidentes relacionados ao lítio. As células de íon de lítio e polímero de lítio, que alimentam a maioria dos dispositivos portáteis, podem sofrer "fuga térmica", uma reação em cadeia que eleva a temperatura e pode gerar fumaça tóxica ou fogo, especialmente se danificadas, sobrecarregadas ou em curto-circuito. Muitos power banks de baixo custo carecem de recursos de segurança presentes em smartphones, aumentando os riscos a bordo. Entre 2018 e 2023, a FAA registrou mais de 300 incêndios causados por baterias nos Estados Unidos, enquanto a EASA na Europa relatou aumentos semelhantes. A Emirates se junta a outras companhias, como Air Canada e Qantas, que implementaram restrições similares em 2024.
Para os passageiros da Emirates, que opera para mais de 150 destinos a partir de Dubai, a mudança pode representar um inconveniente em voos longos, mas a companhia destaca as tomadas universais disponíveis em sua frota como alternativa, além de estações de carregamento nos lounges do aeroporto de Dubai. O não cumprimento das regras pode resultar na retenção do dispositivo no portão de embarque ou multas, embora a Emirates esteja focada em educar os passageiros sobre as novas normas. "A segurança continua sendo nossa principal prioridade", reforça a companhia, estabelecendo um padrão que provavelmente será seguido por outras companhias aéreas.