Emirates proíbe uso de power banks durante voos a partir de outubro

Imagem gerada por IA

A Emirates anunciou que, desde 1º de outubro, não permite mais o uso ou carregamento de power banks a bordo durante os voos. A decisão foi tomada em resposta ao aumento de preocupações relacionadas a incêndios causados por baterias de íon de lítio. Embora os passageiros ainda possam levar um único power bank compatível na bagagem de mão, eles são orientados a carregar completamente seus dispositivos antes do embarque, mesmo com a disponibilidade de tomadas nos assentos de todas as aeronaves. A mudança foi revelada em agosto, após uma avaliação de segurança detalhada, refletindo um esforço da indústria para controlar os riscos de "fuga térmica" associados a baterias.

As novas diretrizes da Emirates são diretas. Power banks com capacidade inferior a 100 watt-hours (Wh) são permitidos, limitados a um por passageiro e apenas na bagagem de mão, devendo ser mantidos nos bolsos dos assentos ou embaixo deles para fácil acesso. O despacho desses dispositivos na bagagem de porão é proibido, pois baterias de lítio soltas podem explodir no compartimento de carga. Durante o voo, é proibido conectá-los às tomadas da aeronave para carregar dispositivos ou recarregar o próprio power bank. "A segurança continua sendo nossa principal prioridade", afirmou a Emirates. A companhia destaca que manter as baterias visíveis na cabine permite que a tripulação responda imediatamente em caso de problemas.

A restrição resulta de uma "extensa revisão de segurança" motivada tanto pela popularização dos power banks quanto pelo aumento de incidentes relacionados ao lítio. As células de íon de lítio e polímero de lítio, que alimentam a maioria dos dispositivos portáteis, podem sofrer "fuga térmica", uma reação em cadeia que eleva a temperatura e pode gerar fumaça tóxica ou fogo, especialmente se danificadas, sobrecarregadas ou em curto-circuito. Muitos power banks de baixo custo carecem de recursos de segurança presentes em smartphones, aumentando os riscos a bordo. Entre 2018 e 2023, a FAA registrou mais de 300 incêndios causados por baterias nos Estados Unidos, enquanto a EASA na Europa relatou aumentos semelhantes. A Emirates se junta a outras companhias, como Air Canada e Qantas, que implementaram restrições similares em 2024.

Para os passageiros da Emirates, que opera para mais de 150 destinos a partir de Dubai, a mudança pode representar um inconveniente em voos longos, mas a companhia destaca as tomadas universais disponíveis em sua frota como alternativa, além de estações de carregamento nos lounges do aeroporto de Dubai. O não cumprimento das regras pode resultar na retenção do dispositivo no portão de embarque ou multas, embora a Emirates esteja focada em educar os passageiros sobre as novas normas. "A segurança continua sendo nossa principal prioridade", reforça a companhia, estabelecendo um padrão que provavelmente será seguido por outras companhias aéreas.

Fabiano Vidal

Técnico em Turismo, Turismólogo, Jornalista, Especialista em Marketing e Publicidade, autor do livro "Do Tambaú ao Garden - A História Moderna do Turismo da Paraíba", agraciado com Voto de Aplausos e a Medalha de Mérito Turístico 2008, ambos concedidos pela Assembléia Legislativa da Paraíba.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem