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Foto: Divulgação |
A presidente da associação, Aline Gouveia, explica que o diferencial das peças está na textura natural do couro de peixe, que confere exclusividade a cada modelo. O material, antes considerado resíduo e causador de mau cheiro, ganhou nova função na produção de acessórios que combinam beleza e responsabilidade ambiental. As artesãs conseguiram criar peças sofisticadas a partir de um material sem valor comercial aparente.
A paleta de cores da coleção segue tendências da temporada e utiliza tingimentos naturais. Os tons quentes e terrosos são extraídos do chá da casca de cebola, o marrom profundo vem da borra do café, o amarelo vibrante é obtido do açafrão e as nuances roxas e avermelhadas derivam do cajueiro roxo. O grupo também incorporou pigmentações especiais para cores modernas como o azul royal, tendência nas passarelas internacionais.
A Associação de Artesãs Sereias da Penha foi reconhecida oficialmente como Patrimônio Cultural Imaterial de João Pessoa em julho de 2025. O grupo preserva e difunde tradições da pesca artesanal e da comunidade da Penha através da cultura popular. Os produtos estão disponíveis na sede localizada na Praia da Penha e no trailer da Central de Atendimento ao Turista em Tambaú, com apoio da Prefeitura de João Pessoa através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano.