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Imagem gerada por IA. |
Com o uso de algoritmos, é possível entender as preferências dos viajantes e criar sugestões sob medida — desde destinos e promoções até roteiros personalizados. Além disso, assistentes virtuais e chatbots já fazem parte do cotidiano de quem viaja, atendendo em diferentes idiomas, a qualquer hora, e ajudando com informações, reservas e orientações, o que também reduz custos operacionais para empresas do setor.
Ferramentas populares como Google Voos e Skyscanner usam inteligência artificial para acompanhar em tempo real os preços de passagens e hospedagens, facilitando a busca pelas melhores ofertas. Já assistentes como ChatGPT e Gemini montam roteiros baseados no tempo disponível, no destino e nos interesses do viajante. Durante a viagem, recursos como Google Assistente, Siri e Bixby ajudam com informações sobre clima, restaurantes, deslocamentos e atrações locais.
A tecnologia também tem um papel importante na sustentabilidade. Por meio da análise de dados, destinos turísticos conseguem prever picos de visitação, ajustar sua infraestrutura com antecedência e melhorar a distribuição de visitantes entre os atrativos. A inteligência artificial ajuda a evitar a superlotação de locais turísticos, a usar melhor recursos como energia e transporte, e a incentivar práticas mais sustentáveis em toda a cadeia do turismo.
No Brasil, alguns municípios já investem nessa transformação. Em Pernambuco, cidades como Tamandaré e Rio Formoso utilizam inteligência artificial para criar vídeos promocionais com a ferramenta VEO 3, sem a necessidade de equipes físicas. Um exemplo foi o vídeo sobre o São João de Tamandaré, produzido inteiramente com IA, que alcançou 17 mil visualizações no Instagram. O especialista João Medeiros, conhecido como “Doutor Gigabyte”, também desenvolve assistentes virtuais com foco em turismo e valorização do comércio local, como a personagem Daré.
Essa nova realidade também está mudando a rotina dos profissionais do setor. Ao automatizar tarefas repetitivas, a tecnologia libera mais tempo para que agentes de viagens, guias e recepcionistas se concentrem no atendimento humano e nas experiências personalizadas. Ao mesmo tempo, surgem desafios como a proteção de dados pessoais, o risco de desumanização no atendimento e o impacto ambiental causado pelo alto consumo de energia em centros de dados.
A presença crescente da inteligência artificial no turismo não é passageira. Ela representa uma revolução com potencial para ampliar o acesso às viagens, melhorar a qualidade dos serviços e contribuir com a preservação do meio ambiente. O maior desafio, no entanto, será manter o equilíbrio entre o avanço tecnológico e o cuidado com o aspecto humano — que segue sendo a essência da boa hospitalidade.
Redação