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Foto: Vou na janela / Divulgação |
Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, em entrevista ao jornal português Diário de Notícias, a forte concorrência e a recente queda de receita da estatal portuguesa impuseram limitações aos planos de crescimento da empresa.
Embora a TAP tenha adicionado Florianópolis e retomado a rota para Porto Alegre, houve redução de frequências e substituição de aeronaves em outras rotas. Porto Alegre passou a receber o Airbus A330-900neo, com 298 assentos, enquanto Florianópolis opera com o A330-200ceo, de 269 lugares, adequando-se à demanda da capital catarinense.
No Norte, a rota para Manaus foi retomada com o Airbus A321LR, de 154 assentos, operando com escala em Belém. Antunes justificou a decisão afirmando que não há demanda suficiente para encher um avião inteiro em voo direto entre Lisboa e Manaus.
A companhia também foi questionada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sobre tornar diário o voo para o Aeroporto Internacional de Confins, que atualmente ocorre seis vezes por semana. Para Antunes, é necessário manter taxa de ocupação superior a 90% para justificar sete partidas semanais.
Entre os possíveis novos destinos, Curitiba enfrenta limitações técnicas. O executivo explicou que, apesar do grande potencial de demanda e negócios da cidade, a TAP não consegue operar no Aeroporto Afonso Pena devido à pista curta de 2.218 metros, que limita voos de longa distância com aviões de grande porte.
João Pessoa também foi descartada como novo destino. Segundo a Embratur, havia negociações para a TAP iniciar voos internacionais para a capital paraibana, que seria o primeiro voo intercontinental regular no Aeroporto Castro Pinto. Contudo, a demanda ainda é considerada insuficiente.
Antunes argumentou que a TAP já possui uma malha qualificada no Nordeste, com muitos voos e grande capacidade, contando com parceiros como Azul, LATAM e GOL para transportar passageiros de João Pessoa.
Com isso, a TAP não prevê mudanças em sua operação no Brasil pelo restante de 2025, sem novos destinos, alterações de aeronaves ou modificações significativas que impactem os passageiros.