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Seguindo tendência mundial de gestão sustentável do turismo, nove cidades brasileiras passaram a cobrar taxas de visitantes para preservar patrimônios naturais e culturais. A medida visa equilibrar o fluxo de turistas com a conservação ambiental, seguindo exemplos internacionais como Veneza, que cobra entre 5 e 10 euros por dia dos visitantes.
No Brasil, os valores e critérios variam conforme as características de cada destino. Fernando de Noronha lidera com a maior taxa, cobrando R$ 101,33 por dia dos visitantes, valor que aumenta progressivamente para desestimular estadias prolongadas e reduzir o impacto ambiental. Moradores e trabalhadores locais são isentos da cobrança.
Na Bahia, Morro de São Paulo aplica a Tarifa de Preservação e Uso do Patrimônio do Arquipélago no valor de R$ 30, com isenções para crianças e idosos. Já em Goiás, a Chapada dos Veadeiros implementou desde 2024 a Taxa de Conservação Ambiental de R$ 45, oferecendo valores diferenciados para estudantes e moradores da região.
No Ceará, Jericoacoara cobra R$ 41,50 por uma permanência de até 10 dias, embora existam discussões sobre a possibilidade de transformar essa cobrança em taxa diária. Os demais destinos que adotaram a medida não tiveram seus valores especificados.
A implementação dessas taxas enfrenta resistência inicial de alguns visitantes e requer investimento em infraestrutura para cobrança e gestão dos recursos. Entretanto, os recursos arrecadados são direcionados para financiar a conservação de áreas naturais, manutenção de infraestruturas turísticas e proteção do patrimônio cultural.
A medida reflete uma tendência global de alinhamento entre turismo e sustentabilidade, buscando garantir a preservação dos destinos para as próximas gerações mantendo sua atratividade turística.