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Santorini, Grécia / Foto: Jimmy Teoh (Pexels) |
Em 2024, o país recebeu 621 mil visitantes israelenses, que geraram 419 milhões de euros em receita — aproximadamente 2% do total arrecadado pelo turismo grego. Este público se destaca pelo elevado gasto médio, de 676 euros por pessoa, e pela permanência superior a seis dias em destinos populares como Creta, Rodes, Kos, Atenas e Tessalônica. Caso o conflito seja resolvido nas próximas semanas, a estimativa é de perda de até 150 milhões de euros. Se a instabilidade persistir durante o verão e avançar para o outono, os prejuízos podem ultrapassar 300 milhões.
Além da redução no turismo israelense, viajantes australianos também estão revendo seus planos. Tradicionalmente, muitos utilizam rotas com conexões no Oriente Médio para chegar à Grécia. A instabilidade regional tem levado parte desse público a optar por trajetos via Sudeste Asiático, especialmente por Singapura, ou a adiar suas viagens para o ano seguinte. Essas mudanças atingem especialmente o segmento de turismo de alto padrão, ampliando os efeitos econômicos.
A retração no número de visitantes já afeta a oferta de voos. A projeção de aumento de 42,3% na quantidade de assentos entre Israel e Grécia para 2025 está agora em risco, comprometendo o crescimento esperado para os próximos meses.
Com a retração no fluxo de turistas, muitos hotéis estão oferecendo créditos para reservas futuras como forma de minimizar os cancelamentos. O setor atravessa um período de incertezas, enquanto autoridades e entidades do turismo monitoram a situação e buscam estratégias para reduzir os prejuízos. No entanto, reconhecem que a recuperação está diretamente ligada à estabilização do cenário geopolítico.
Redação