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| Turismo virtual em Machu Picchu, Peru / Imagem gerada por IA. |
A sustentabilidade é um dos principais atrativos dessa tendência. O turismo virtual elimina a necessidade de transporte, reduzindo drasticamente a pegada de carbono. Uma viagem de ida e volta entre Paris e Nova York, por exemplo, gera cerca de 1,7 toneladas de CO₂ por pessoa, emissão que é evitada no ambiente digital. Além disso, a modalidade ajuda a combater o excesso de turismo em destinos saturados. A UNESCO, em 2021, lançou tours virtuais de Machu Picchu para diminuir a pressão sobre o sítio arqueológico, preservando o patrimônio e gerenciando o fluxo de visitantes, estratégia que também pode beneficiar locais como Pompeia e a Torre Eiffel.
A acessibilidade é outro ponto forte do turismo virtual. A Organização Mundial da Saúde aponta que 16% da população global enfrenta problemas de mobilidade, grupo que, somado a pessoas de baixa renda e idosos, encontra barreiras para viajar. As opções digitais, livres de custos com passagens e hospedagem, democratizam o acesso à cultura e à exploração. Apesar de equipamentos de ponta como o Apple Vision Pro terem preços elevados, alternativas mais acessíveis, como o Meta Quest 3, indicam uma tendência de redução de custos e maior popularização da tecnologia.
O futuro aponta para uma coexistência entre o real e o virtual. Empresas como Lufthansa e Club Med já utilizam a realidade virtual como ferramenta de marketing para oferecer prévias de destinos e atrair clientes. A inteligência artificial promete refinar ainda mais essas experiências, criando ambientes personalizados e dinâmicos. Embora não substitua a vivência sensorial completa de uma viagem física, o turismo virtual estabelece-se como um complemento educacional e ecológico, ampliando horizontes a partir do ambiente doméstico.
