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| Personalização e comportamento do consumidor insere o Turismo em um novo ciclo. Imagem gerada por IA. |
Segundo o executivo, a fase de fragmentação se intensificou com o avanço das OTAs — agências de viagem online —, dos motores de busca e das metas‑buscas, que dividiram a experiência do consumidor em múltiplos sites e etapas. Ele argumenta que essa tendência se inverte com as tecnologias atuais: “Com IA, estamos chegando a um ponto em que grandes players globais conseguem se localizar de fato.” Para ilustrar, citou o caso do Japão, em que a plataforma precisou adaptar mapas por província, descrições padronizadas de atividades e métodos de pagamento locais como o PayPay, sistema digital amplamente usado por jovens no país.
Christodoulou afirmou que o comportamento do consumidor pressiona o setor a unificar etapas. “Mais de 60% dos clientes querem reservar voo, hotel e atividades em um único lugar”, explicou. Ele apresentou dados que reforçam o movimento: “Nas multi‑reservas, vemos crescimento de 30% e maior chance de repetição do cliente.” A inteligência artificial também acelera mudanças internas. Ele descreve o impacto no back‑office — conjunto de operações internas da empresa — afirmando que “AI ajuda desde o desenvolvimento de código até o preparo de apresentações para companhias aéreas”, permitindo reinvestir tempo em atendimento e personalização.
A transparência foi apontada como pilar final da transformação. Para o executivo, plataformas enfrentam regulações complexas em pagamentos, como KYC, AML e regras de compliance, o que historicamente afastou buscas e metas‑buscas das etapas finais da compra. “Essas empresas operam janelas de 30 segundos, não de minutos. Por isso nunca foram para o fundo do funil”, disse. Ele encerra avaliando que o turismo passa por uma recomposição estrutural: “Estamos voltando para uma experiência menos fragmentada e muito mais localizada.”
