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| Viena / Foto de Pixabay |
O turismo croata, responsável por um quinto do PIB nacional, registra aumentos alarmantes nos custos de hospedagem. Segundo o Escritório Central de Estatística da Croácia, os preços ao consumidor em julho de 2025 foram 4,1% superiores ao ano anterior, com acomodações subindo aproximadamente 50% em três anos. O contraste é significativo quando comparado a destinos concorrentes como Grécia e Espanha, onde os aumentos ficaram entre 15-20%. O ex-ministro da Economia Ljubo Jurčić foi categórico ao afirmar que "destruímos o turismo croata", criticando a transição para o euro em janeiro de 2023, que permitiu às empresas hoteleiras aumentar preços sem correspondente elevação salarial.
A mudança estrutural do setor, com crescimento de aluguéis privados em detrimento de hotéis tradicionais, deteriorou a qualidade dos serviços e enfraqueceu a supervisão. O ministro do Turismo croata, Tonči Glavina, considera 2025 fundamental para reequilibrar os preços e implementou medidas para reduzir a oferta de novas acomodações de 26.000 para 7.500 leitos. Apesar do aumento de 4% nas chegadas turísticas em 2024, totalizando 21,3 milhões de visitantes, a receita por turista diminuiu, comprometendo a sustentabilidade econômica.
Em cenário distinto, Viena anunciou aumento da taxa turística de 3,2% para 8,5% do valor da hospedagem a partir de dezembro de 2025, medida que deve gerar receita adicional de 81 milhões de euros anuais. A decisão visa cobrir déficit orçamentário de 500 milhões de euros e financiar infraestrutura urbana, escolas e transporte sustentável. Para uma diária de 200 euros, a taxa saltará de 6,40 para 17 euros, afetando principalmente o período natalino, tradicionalmente movimentado pelos mercados de Natal.
A Associação Hoteleira Austríaca, liderada por Walter Veit, manifesta preocupação com a competitividade do destino, argumentando que hotéis necessitam alívio fiscal. A consultoria Prodinger Tourism alerta para possível perda da posição de Viena como principal destino de conferências, setor que atualmente movimenta 1,32 bilhão de euros anuais com mais de 6.600 eventos. A prefeitura defende que mesmo com o aumento, a taxa permanece dentro da média europeia e é necessária para garantir sustentabilidade financeira de longo prazo.
Redação
