Brasil mantém liderança aérea na América do Sul em 2025, mas desafios persistem no setor

Foto: torben7400 / Pixabay

O Brasil lidera a conectividade aérea internacional da América do Sul em 2025, com 17,6 milhões de assentos programados. Os dados, divulgados pela OAG, reforçam a posição do país como principal mercado da região. No entanto, a quantidade de aeroportos conectados ainda não voltou ao patamar de 2019: atualmente são pouco mais de 185 pares, contra cerca de 200 antes da pandemia.

Enquanto o Brasil ainda busca recuperar totalmente sua malha, a Colômbia registra forte expansão. Desde 2019, o país acrescentou 15 novos destinos, como Bogotá–Manaus e Cartagena–Lima. Nos últimos dez anos, a capacidade aérea colombiana dobrou, colocando o mercado em segundo lugar na América do Sul, atrás apenas do brasileiro. A América Latina, no geral, conta hoje com quase 550 rotas internacionais, número inferior ao recorde de 2019, mas com maior capacidade média por rota.

Outro ponto que chama atenção no setor é o aumento da indisciplina a bordo. Segundo a Abear, os conflitos envolvendo passageiros cresceram quase 90% em 2025. Para o CEO da Latam Airlines Brasil, Jerome Cadier, é urgente adotar mecanismos de restrição a viajantes que apresentem condutas agressivas, medida já aplicada em outros países.

Além da questão da segurança, Cadier também destacou, durante o Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente (Conarec), em São Paulo, os limites da tecnologia no setor. Ele apontou que a inteligência artificial ajuda a personalizar o atendimento, mas não substitui a conexão humana — aspecto que continua determinante para a experiência de viagem.

Redação

Fabiano Vidal

Técnico em Turismo, Turismólogo, Jornalista, Especialista em Marketing e Publicidade, autor do livro "Do Tambaú ao Garden - A História Moderna do Turismo da Paraíba", agraciado com Voto de Aplausos e a Medalha de Mérito Turístico 2008, ambos concedidos pela Assembléia Legislativa da Paraíba.

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