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| Imagem gerada por IA. |
A instabilidade persistente no Oriente Médio, especialmente em torno da situação em Gaza, continua a afetar decisões de viagem em escala regional. Cancelamentos em massa, aumento no custo de seguros e incertezas logísticas são consequências diretas. Países como a Tunísia, tradicionalmente procurados por europeus, enfrentam queda na demanda, enquanto destinos como Portugal, Espanha e Grécia consolidam-se como alternativas mais seguras. Essa imagem foi reforçada por eventos passados, como os atentados de Bruxelas em 2016. Hoje, a velocidade da informação amplifica esse efeito. Uma única publicação negativa nas redes sociais pode provocar queda significativa nas reservas, evidenciando que a percepção de segurança pesa tanto quanto a realidade dos fatos.
Enquanto a China, apesar das expectativas, ainda não recuperou seu volume pré-pandemia de viagens internacionais, em parte por conta da retração do consumo interno, os Estados Unidos e países da América Latina mantêm ritmo constante. Cidades como Roma recebem um fluxo crescente de turistas de alto gasto dessas regiões. O turismo intraeuropeu, por sua vez, oferece uma base estável em momentos de crise, embora com menor retorno financeiro por visitante. Para lidar com essa volatilidade, os destinos europeus adotaram quatro eixos estratégicos: diversificação dos mercados de origem para reduzir dependência, comunicação transparente sobre segurança e cooperação internacional, estímulo ao turismo doméstico como amortecedor em crises externas e uso de tecnologia para monitorar reservas, ajustar políticas e oferecer soluções personalizadas com agilidade. O turismo, assim, não apenas reflete as tensões do mundo. Ele atua como força motriz para a recuperação econômica. Os destinos que se movem rápido, priorizam segurança e se adaptam às mudanças são os que seguem atraindo visitantes. Os que não se ajustam correm o risco de ser deixados para trás.
