Tragédias recentes expõem falhas e urgências no turismo de aventura no Brasil e no exterior

Foto de Roman Odintsov / Pexels

As mortes em atividades de turismo de aventura, como o acidente com o balão em Santa Catarina e a queda da brasileira Juliana Marins na Indonésia, colocam em evidência a falta de fiscalização e de preparo em ambientes naturais remotos. O alerta se estende a outros casos, como o deslizamento de terra em Capitólio, Minas Gerais, e o turismo em trilhas precárias no Peru.

Apesar de o Brasil liderar o ranking mundial de destinos para turismo de aventura, especialistas como Fernanda Dornelles, da Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), destacam que a informalidade, a ausência de mão de obra qualificada e o não cumprimento de normas técnicas ainda são comuns.

A entidade cobra mais rigor nas políticas públicas, fiscalização efetiva e aplicação das normas da ABNT, como a NBR ISO 21101, além da regulamentação específica para o balonismo turístico — atividade ainda regida apenas por regras esportivas da ANAC.

Para a Abeta, o caminho deve ser baseado na capacitação, na normalização técnica e na fiscalização. A associação defende que o setor avance em segurança e responsabilidade sem deixar de incentivar as experiências transformadoras que o turismo de natureza pode proporcionar.

Redação

Fabiano Vidal

Técnico em Turismo, Turismólogo, Jornalista, Especialista em Marketing e Publicidade, autor do livro "Do Tambaú ao Garden - A História Moderna do Turismo da Paraíba", agraciado com Voto de Aplausos e a Medalha de Mérito Turístico 2008, ambos concedidos pela Assembléia Legislativa da Paraíba.

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