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Foto: Assessoria |
Após passar por Campina Grande, a edição em João Pessoa teve início com uma oficina de elaboração de projetos culturais e a Caminhada Jampa Negra, guiada por Felipe Coutinho, que promoveu um percurso afroturístico pelo centro da cidade. A abertura oficial ocorreu no Hotel Globo, com vista para o rio Sanhauá, onde artistas como A Fúria Negra, Bione, Clara Potiguara, Luiz Lins e Benke Ferraz apresentaram uma session especial.
Ana Garcia, idealizadora e diretora do Coquetel Molotov, destacou o engajamento do público e o potencial transformador da iniciativa. “Estamos saindo de João Pessoa com a sensação de dever cumprido e pensando nos próximos passos para continuar fomentando a cena”, afirmou.
O evento também se destacou pela capacitação profissional, com oficinas como “Deezer apresenta: estratégias digitais para artistas: da distribuição à viralização”, ministrada por representantes da plataforma Helena Gaia e Eduardo Ribas. Além disso, promoveu diálogos importantes sobre temas como gestão coletiva na música e o impacto da inteligência artificial na produção musical.
Um dos momentos mais simbólicos foi o talk “Palavras girando ao redor do sol”, com a participação da compositora e escritora paraibana Cátia de França, que compartilhou sua trajetória e incentivou a perseverança artística. “Acima de tudo, tenham fé em si mesmos”, aconselhou a artista.
Os showcases noturnos, realizados no Largo de São Frei Pedro Gonçalves, reuniram diversos estilos musicais e artistas consagrados e emergentes, como a banda Boogarins. O encerramento, no domingo, contou com a participação de nomes como Bixarte, Vó Mera e Vieira, celebrando a diversidade cultural local.
A empresária Eliane Dias, da Boogie Naipe, participou do talk “Estratégias para uma carreira sustentável” e ressaltou a importância do evento para descentralizar o circuito musical brasileiro, tradicionalmente concentrado no eixo Rio-São Paulo. “Esse intercâmbio é muito importante para que possamos vislumbrar novas oportunidades de negócios na música”, comentou.
Com patrocínio da AeC, via Lei Rouanet, e apoio de diversas instituições públicas e privadas, o Coquetel Molotov Negócios deixou um legado para a cena cultural de João Pessoa. “Esse evento foi o começo de um trabalho longo para restaurar o Centro Histórico da cidade. João Pessoa ganhou muito”, avaliou Nelsinho Santos, consultor da AeC.
A realização ficou a cargo da Coda Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal, com apoio do Governo da Paraíba, Prefeitura de Campina Grande, Funetec e Funjope. A edição paraibana do evento reforçou a relevância da música como instrumento de ocupação, identidade e transformação social.
Redação, com Assessoria