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Imagem: Shutterstock |
Eis a nota:
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manifesta preocupação com a retomada da exigência de vistos de entrada no País para turistas provenientes dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. A medida, que entrou em vigor nesta semana, representa um retrocesso nas políticas de estímulo ao turismo internacional e pode impactar negativamente a competitividade do Brasil como destino global.
“Entendemos que a decisão do governo busca respeitar princípios de reciprocidade nas relações internacionais, mas é importante avaliar com cautela os possíveis impactos no turismo e buscar soluções que conciliem soberania com estímulo ao setor”, avalia o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
A política de isenção, adotada em 2019, teve efeitos positivos na atração de visitantes desses mercados estratégicos, ampliando o fluxo de pessoas e gerando resultados concretos para a economia nacional — especialmente nas áreas de hospedagem, alimentação, transporte e comércio. A reversão desse modelo, sem a implementação de mecanismos compensatórios, pode comprometer o desempenho do setor num momento que ainda se buscam caminhos para a plena recuperação da atividade turística.
“Estamos indo na contramão de uma política global que visa à facilitação de viagens e ao fortalecimento do setor de serviços”, afirma o diretor da CNC Alexandre Sampaio, responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da entidade.
A CNC defende a adoção de soluções que sigam as diretrizes diplomáticas ao mesmo tempo que fortalecem a economia. Entre elas, destacam-se a negociação de acordos bilaterais voltados à facilitação de vistos, a criação de sistemas eletrônicos simplificados para solicitação de entrada e o reforço de campanhas internacionais de promoção do Brasil como destino acolhedor, seguro e atrativo.
O setor de turismo tem papel estratégico na geração de empregos e no desenvolvimento regional. É, portanto, essencial que o País adote políticas públicas que estimulem sua expansão. A CNC seguirá trabalhando, em articulação com suas entidades representativas e com o poder público, por medidas que garantam um ambiente favorável ao crescimento do Brasil e à valorização da nossa imagem no exterior.