Estabelecimentos turísticos se adaptam ao aumento da procura por locais que aceitem animais de estimação
Companheiros de muitos brasileiros, os “pets” serão parceiros essenciais de alguns turistas no retorno de viagens domésticas no país. Segundo pesquisa da Decode, empresa especializada em análise de dados, as buscas por hotéis “pet friendly” – que aceitam animais de estimação - e por informações de como levar cachorro em avião cresceram 238% e 170%, respectivamente. Outro dado, agora do site hotéis.com, mostra que 82% dos brasileiros pretendem viajar com seus animais de estimação no pós-pandemia. Diante desse aumento, alguns estabelecimentos turísticos começaram a se adaptar para receber este novo hóspede.
Um exemplo dessa mudança é o Hotel Doral Guarujá, que possui o selo “Turismo Responsável”, do Ministério do Turismo. Em sua retomada, o estabelecimento se adaptou para receber este novo cliente, contando com uma assessoria especializada no assunto que montou algumas políticas “pet friendly”. Com isso, segundo o hotel, foram pensados espaços exclusivos para os animais e seus donos, que incluem apartamentos adaptados com tapetes higiênicos e comedouros.
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a inovação será uma das peças-chaves para a retomada das atividades no país, o que inclui adaptações para atender a este crescente público. “Estamos em uma crescente evolução nesse ramo. Já estamos vendo algumas empresas do setor e até governos se adaptando a este novo público. E isso será essencial para ampliar a capilaridade dos nossos serviços e atividades que movimentam a economia turística, que foi tão afetada pela pandemia do coronavírus”, ressaltou Machado Neto.
No Rio de Janeiro, o governo do estado criou no fim do ano passado o selo “Pet Friendly”, que sinaliza à população os serviços voltados para os animais de estimação. Desde a criação, mais de mil estabelecimentos; entre hotéis, bares e restaurantes; já se cadastraram no estado. Além da capital fluminense, estabelecimentos de outros municípios como Queimados, Itaguaí e Nova Iguaçu também aderiram ao programa do governo estadual.
O secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio, Marcelo Queiroz, destacou a importância da iniciativa não só para o turismo, mas para toda a cadeia econômica. “Esse projeto possibilita que nossos melhores amigos participem do dia a dia, além de ser um projeto que aquece o mercado. As lojas que aderiram à campanha já notaram a diferença em relação ao público, que aumentou bastante. Além de fomentar nossa economia, ele coloca ainda o animal participando diretamente na vida das pessoas, possibilitando inclusive um maior número de adoção”, disse.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação, o Brasil é o segundo país no mundo em população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais e o terceiro maior em população total de animais de estimação. São 54,2 milhões de cães, 23,9 milhões de gatos, 19,1 milhões de peixes, 39,8 milhões de aves e mais 2,3 milhões de outros animais. O total é de 139,3 milhões de pets.
DICAS - A Agência de Notícias do Turismo levantou uma série de dicas para que a viagem com seu pet seja a mais tranquila e feliz possível. Confira:
Saúde: carteira de vacinação, vermifugações e antipulgas sempre em dia. Manter a saúde do pet permite - ou não - ao tutor levá-lo para a viagem. É preciso saber a localização de clínicas veterinárias 24 horas no destino.
Identificação: “microchipar” é uma forma de identificação bem útil e comum atualmente. O pet é cadastrado num banco de dados, que pode ser acessado por qualquer veterinário ou agente sanitário, por exemplo. Isso facilita a localização caso o pet se perca.
Remédios: não medicar os animais para tranquilizá-los durante voos, por riscos à saúde do pet. Existem remédios que relaxam e diminuem o enjoo, mas eles são recomendados em viagens de carro ou ônibus. Cada tutor deve conversar com o veterinário para saber a indicação.
Transporte: cada companhia aérea tem suas regras para levar animais, na cabine ou no porão. O mais importante é adaptar o pet à caixa de transporte. Para viagens de carro, recomenda-se cinto de segurança ou caixa própria. De ônibus, sempre dentro da caixinha.
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