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| Foto de Maegan White / Pexels |
Longe de serem museus estáticos, essas propriedades funcionam como empresas ativas. Cerca de 60% delas geram receita por meio de atividades culturais, hospitalidade ou produção agroalimentar, sendo que uma em cada cinco opera como uma empresa totalmente estruturada. O setor de hospedagem é o que mais cresce, com 35% das casas oferecendo pernoites. O número de aluguéis turísticos de curta duração nessas propriedades aumentou 46% no último ano, ultrapassando 3.700 instalações, impulsionado pela demanda de turistas que buscam experiências imersivas, como dormir em quartos do século XVII e consumir produtos locais.
Apesar do impacto positivo, a conservação desse patrimônio recai quase exclusivamente sobre os proprietários. Dados da Associazione Dimore Storiche Italiane (ADSI) revelam que 85% das obras de restauração e manutenção são autofinanciadas, com um gasto médio anual superior a 50 mil euros por proprietário. As contribuições públicas cobrem apenas 2% das intervenções. Além do turismo, a agricultura é um pilar fundamental para muitas dessas propriedades, com 17% delas atuando como fazendas ativas, especialmente na viticultura, produção de azeite e cereais.
A sinergia entre vinho e turismo tem se mostrado particularmente eficaz, com todas as casas produtoras de vinho oferecendo experiências de degustação. O resultado é um aumento de visitantes em 86% dessas propriedades no último ano. Ao injetar centenas de milhões de euros na economia, criar empregos qualificados e preservar tradições, o patrimônio privado italiano demonstra ser um setor dinâmico e sustentável, mantendo o passado vivo através da iniciativa privada e do empreendedorismo, muitas vezes suprindo lacunas deixadas pelo Estado.
