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Elevador da Glória, em Lisboa — Foto: Divulgação/Carris |
O funicular, declarado monumento nacional em 2002, conecta a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto, percorrendo 275 metros em apenas dois minutos pela íngreme Calçada da Glória, que possui inclinação de 18%. Com suas características cores branca e amarela, o veículo tem capacidade para transportar 22 pessoas sentadas e 20 em pé em cada uma de suas duas cabines.
O Elevador da Glória foi projetado pelo engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard e passou por diferentes sistemas de funcionamento ao longo da história. Inicialmente operava por contrapeso de água, depois adotou sistema a vapor e, em 1914, tornou-se pioneiro ao operar por tração elétrica.
Administrado pela Companhia Carris de Ferro, empresa municipal, o funicular transporta anualmente cerca de três milhões de passageiros, principalmente turistas que buscam chegar ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, um dos pontos de observação mais famosos da cidade, oferecendo vista privilegiada para o Castelo de São Jorge.
O acidente aconteceu no trecho de descida no fim da tarde. Segundo a Carris, todos os protocolos de manutenção foram respeitados, incluindo a manutenção geral realizada a cada quatro anos (última em 2022), reparação intercalar de dois em dois anos (última em 2024) e inspeções mensais, semanais e diárias.
Após a tragédia, a prefeitura de Lisboa decretou luto oficial e suspendeu temporariamente o serviço dos funiculares históricos da cidade, incluindo os do Lavra e da Bica. O Turismo de Portugal manifestou profundo pesar e solidariedade às famílias das vítimas através de nota oficial.
As causas específicas do descarrilamento ainda não foram divulgadas pelas autoridades portuguesas, e as investigações seguem em andamento.
Redação