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Foto: Quel Valentim (Secom-JP) |
Habitantes da Bica
O parque abriga seis jacarés-coroa, uma das menores espécies de crocodilianos, conhecidos por seus hábitos reservados, como cavar tocas para se esconderem. Já o jacaré-de-papo-amarelo, representado por três indivíduos, destaca-se pelo grande porte e por sua organização hierárquica. Um dos machos reprodutores, que ultrapassa os 3,4 metros, é considerado o alfa do grupo.
Conservação e Recuperação
Até a década de 1990, o jacaré-de-papo-amarelo esteve na lista de espécies ameaçadas de extinção. Graças aos esforços de conservação e reprodução conduzidos por zoológicos e instituições ambientais, como a Bica, a espécie foi recuperada. O parque se destaca como referência nacional na reprodução desses animais, com filhotes destinados a projetos de reintrodução em áreas naturais supervisionadas pelo Ibama.
Cuidados Especiais
Os crocodilianos do parque recebem uma alimentação balanceada, composta por carne e órgãos bovinos, ajustada conforme as estações e a temperatura. Avaliações veterinárias regulares, em parceria com universidades, asseguram a saúde dos animais, incluindo exames de sangue e ultrassonografias para monitorar o período reprodutivo das fêmeas.
Educação Ambiental
Mais do que um zoológico, a Bica é uma verdadeira sala de aula a céu aberto. O parque promove a conscientização sobre a importância da preservação ambiental, incentivando visitas educativas para que crianças e adultos aprendam sobre o habitat e o comportamento dos animais.
“O objetivo é transformar a experiência dos visitantes em uma lição ambiental valiosa, destacando a relevância de conviver e preservar”, afirma Thiago Nery, veterinário e chefe do setor do zoológico.
Com seu compromisso com a biodiversidade, o Parque Zoobotânico Arruda Câmara segue como um modelo de preservação e educação ambiental no Brasil.
Redação, com Secom-JP